sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Ricardo Faria aposta na legalização dos jogos de azar



Regulamentação dos jogos de azar pode beneficiar brasileiros

Com o objetivo de debater sobre os impactos da proibição dos jogos de azar, na emblemática sexta-feira (13), o deputado estadual Ricardo Faria (PCdoB) participou do debate público sobre os desafio e perspectivas para a regulamentação dos jogos, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O requerimento de autoria do parlamentar, juntamente com os deputados João Alberto (PMDB) e Alencar da Silveira Jr. (PDT) defende que com a legalização dos jogos a arrecadação poderá aumentar, assim como as oportunidades de emprego e a renda no país, principalmente, nesse período de crise financeira. Na ocasião, foi lido um manifesto favorável à regulamentação dos jogos no país, em nome dos deputados que solicitaram o debate, que será encaminhado à Comissão Especial da Câmara dos Deputados que vai proferir parecer sobre o Projeto de Lei (PL) federal 442/91, para estabelecer o marco regulatório dos jogos no Brasil.

Embora os jogos e os cassinos tenham sido extintos durante o governo militar do então presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra, atualmente ainda é possível encontrá-los de forma clandestina. Além disso, há as apostas online e o jogo institucionalizado, como, por exemplo, as apostas feitas pela Caixa Econômica Federal (CEF). “É preciso acabar com a hipocrisia que gira em torno dos jogos. Eles existem e, legalizados, podem ser uma medida criativa para que o Brasil saia desse triste cenário de crise”, avalia Ricardo Faria.

Las Vegas (EUA) e Macau (China) são bons exemplos de avanço em termos de arrecadação após a legalização dos jogos. Atualmente, estima-se que a arrecadação por meio do turismo alcançaria cerca de R$20 bilhões ao ano para os cofres públicos e 400 mil novos empregos com garantias para o trabalhador seriam ofertados, em nível nacional. “Nós sabemos que existe uma cadeia produtiva por trás do jogo. Por isso, nosso objetivo é traçar alternativas para que tenhamos condições de gerar mais empregos e renda, contribuindo, assim para aumentar a arrecadação no nosso país”.

Por que não regulamentar?
Durante o debate, o deputado Ricardo Faria sendo um profissional da saúde enfatizou a questão polêmica da ludomania, ou seja, do vício em jogar. A doença que compõe o rol de patologias, segundo o Certificado Internacional de Doenças (CID) proposto pela Organização Mundial de Saúde - OMS, afirma que existem pacientes dessa patologia, entretanto, não existe uma política pública de saúde voltada para esses doentes. “Esperamos que com a legalização do jogo seja possível identificar os portadores da ludomania. Dessa forma, vamos lutar para que as políticas públicas alcancem essa alça da área da saúde para tratar os pacientes oriundos do jogo”, reforça o parlamentar.

Ainda diante da regulamentação é preciso que existam medidas para coibir e limitar ações dos portadores da ludomania. Dessa forma, o deputado ressalta a importância da criação, e consequentemente fiscalização, de regras para que as apostas não prejudiquem os adeptos. “As pessoas previamente diagnosticadas, jovens de 18 anos colocando em risco o patrimônio da família e idosos em processo de demência, utilizando sua aposentadoria para a prática do jogo estariam proibidos por lei de ter qualquer acesso às casas de jogos”, conclui.



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